domingo, 9 de agosto de 2009


Os praticantes da equoterapia, a diretoria e os terapeutas desejam a todos os pais um:
FELIZ DIA DOS PAIS!!

domingo, 26 de abril de 2009



Nós da Associação Centro de Equoterapia Santa Terezinha desejamos a todas as mães muita paz e felicidade!

terça-feira, 17 de março de 2009




QUER SER UMA PRATICANTE?

Nosso endereço:Rodovia Ubá-Tocantins. Ao lado do Ginásio São José. Ubá-MG.

Nossos telefones: (32)35410304 (Tania) (32) 35323437 (Fábio)/ (32) 35311389 (Emiliana).


ESPERAMOS POR VOCÊ!!!

domingo, 8 de março de 2009

Normas para Publicação da Associação Centro de Equoterapia Santa Terezinha (ACEST)

QUER PUBLICAR SEU ARTIGO?
Nos envie seu artigo para o e-mail cequoterapia@yahoo.com.br, seguindo as seguintes normas:


Normas para Publicação da Associação Centro de Equoterapia Santa Terezinha (ACEST).
Os materiais recebidos serão avaliados por nossa equipe de terapeutas ocupacionais e analisados quanto a qualidade, originalidade, inovação, contribuição para a equoterapia nas diversas especialidades e adequação da ACEST.

Seções Disponíveis para Publicação:
  • Monografia - Descrição sucinta de monografias. De acordo com as normas da ABNT.

  • Artigos – A ACEST aceita artigos somente em português. Formatação dos artigos:Autor (es) - O nome do(s) autor(es) deverá vir logo abaixo do título do artigo, seguido da instituição a que pertence, email e endereço para contato.Data - abaixo do nome dos autores, o artigo deverá incluir com clareza a data em que foram escritos e/ou atualizados (revisados) pelos autores pela última vez.Resumo - Os artigos devem vir acompanhados de resumo em português (opcionalmente também em inglês ou espanhosl). Palavras-chave - Os autores devem apresentar de três a cinco palavras-chave, expressando o conteúdo do trabalho. Títulos - devem trazer em maiúscula somente a inicial da primeira palavra, a não ser em caso de nomes próprios. Se a obra tiver subtítulo, este é separado do título por dois pontos. De acordo com as normas da ABNT.

Os artigos enviados não serão devolvidos. A publicação implica a cessão integral dos direitos autorais a ACEST. Não haverá nenhuma forma de remuneração aos autores. Ao enviar material para publicação os autores estão concordando com as normas de publicação da ACEST.

A intervenção terapêutica ocupacional, no contexto equaterápico em crianças com Síndrome de Down.

A intervenção terapêutica ocupacional, no contexto equaterápico em crianças com Síndrome de Down.

A Síndrome de Down (SD) é um acidente genético de causa desconhecida, que ocorre aproximadamente a cada um ou dois nascimentos em mil, sendo conhecida como a Trissomia do Cromossomo 21, isto porque, cada célula do indivíduo possui 46 cromossomos divididos em 23 pares. Logo, neste caso o indivíduo com esta síndrome, no seu par de números 21, possui um cromossomo a mais resultando em 47 cromossomos1. Ë caracterizada, por uma história natural e aspectos fenotipicos bem definidos, sendo causado pela ocorrência de três cromossomos 21 (trissomia), um a mais do que o normal na sua porção fundamental (BARRETO, et al, 2007).
A síndrome de Down é uma desordem genética que pode causar deficiência mental, sendo leve, moderada ou severa, também conhecida como trissomia 21 ou mongolismo. Dentre as características clínicas apresentadas pela Síndrome de Down pode-se destacar: atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, hipotonia muscular, déficit na coordenação motora; déficit no equilíbrio (BARRETO, et al, 2007).
Equoterapia é considerada como um conjunto de técnicas reeducativas que agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais, utilizando para isto, atividade lúdico-desportiva, tendo como meio o cavalo (MACHADO, 2001).
A função do Terapeuta Ocupacional na equoterapia é analisar esta atividade com o propósito de objetivar o processo interventivo a ser usado, além de facilitar, estimular e mediar à relação terapêutica, buscando a codificação e o significado nas diferentes experiências, permitindo assim, ao praticante, aprender novas tarefas de forma eficiente (GONÇALVES, 2008).
Quando uma criança nasce com algum tipo de deficiência ou apresenta alguma complicação na infância, passa por inúmeros profissionais da saúde sendo submetidas a exames, atendimentos e intervenções vistos como invasivos e traumáticos, quando seu aparato intra-psíquico ainda se encontra em formação, com poucas condições de elaboração de suas vivências (FERRARI, 2003).
Segundo Vash (1988) a pessoa portadora de deficiência experimenta uma sensação de perda das habilidades funcionais, quando esta é adquirida.
Kovács (1997) acrescenta que na deficiência adquirida estão associadas às vivências de morte em vida, mudanças corporais, desfiguramento, alterações na potencionalidade de realização do sujeito na vida pessoal e profissional podendo implicar situações semelhantes ao processo de perda por morte, citadas por Kubler-Ross (1969) como choque, negação, raiva, barganha, depressão (compreensão da dimensão da perda) e aceitação (possibilidade de convivência com a deficiência).
A deficiência afeta o desenvolvimento, a aprendizagem, as relações familiares e a organização dinâmica da personalidade (FERRARI, 2003).
Para Kassar (2000) é grande o estigma referente às pessoas com deficiência, independente das potencialidades individuais, pois há idéia de incapacidade e invalidez, comprometendo a possibilidade de realização profissional, afetiva, educacional e política.
AJURIAGUERRA (2005, p. ) esclarece que:

“O desenvolvimento afetivo de crianças portadoras de paralisia cerebral está alterado devido as dificuldades pessoais em adquirir conhecimentos, dificuldades para se relacionar, necessidades afetivas de sentir a confiança da família e do meio, ser considerado pelas pessoas, receber e dar afeto, sentir-se segura em um ambiente estável.”

Quando a criança é vítima de preconceito há alteração na relação consigo mesma, com os outros, na escola, criando expectativas quanto às capacidades ou exigindo desempenho fora de suas potencialidades, ficando limitada e assim, não pode conhecer e explorar o mundo. (FERRARI, 2003)
Os princípios da atividade equoterápica deve se basear em fundamentos técnico-científicos, sendo que o atendimento equoterápico só poderá ser iniciado mediante parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica. (FERRARI, 2003)
As atividades equoterápicas devem ser desenvolvidas por equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar, que envolva o maior número possível de áreas profissionais nos campos da saúde, educação e equitação.As sessões de equoterapia podem ser realizadas em grupo, porém o planejamento e o acompanhamento devem ser individualizados (ANDE-BRASIL)
Para acompanhar a evolução do trabalho e avaliar os resultados obtidos, deve haver registros periódicos e sistemáticos das atividades desenvolvidas com os praticantes, como: A ética profissional e a preservação da imagem dos praticantes de equoterapia devem ser constantemente observadas; o atendimento equoterápico deve ter um componente de filantropia para que possa, também, atingir classes sociais menos favorecidas, para não se constituir em atividade elitizada. (ANDE-BRASIL)
A segurança física de o praticante dever ser uma preocupação constante de toda a equipe, tendo em vista o comportamento e atitudes habituais do cavalo e às circunstâncias que podem vir a modificá-los, como por exemplo, uma bola arremessada ou um tecido esvoaçando, nas proximidades do animal pode assustar o cavalo. A segurança do equipamento de montaria, particularmente correias, presilhas, estribos, selas e manta devem ser verificados, além da vestimenta do praticante, principalmente nos itens que podem trazer desconforto ou riscos de outras naturezas. O local das sessões não pode ter ruídos excessivos ou anormais, pois poderá assustar os animais. (MATTOS, 2007)
Texto extraído: PIMENTA, J.B. A Intervenção Equoterápica em Criança com Síndrome de Down. Monografia (Graduação em Terapia Ocupacional)- Faculdade de Minas. Muriaé, 2008. (p. 18-20)

Equoterapia e atividade Cinesioterapêutica

Texto extraído: PIMENTA, J.B. A Intervenção Equoterápica em Criança com Síndrome de Down. Monografia (Graduação em Terapia Ocupacional)- Faculdade de Minas. Muriaé, 2008. (p. 14-17)

2.2. Equoterapia e atividade Cinesioterapêutica

A terapia otimizando o cavalo proporciona uma variedade de estímulo fáceis de serem percebidos. A estimulação tátil dá-se através do contato direto com o cavalo, quer seja sobre o cavalo, ou em terra, tocando e acariciando as diferentes partes do cavalo, o dorso, a traseira, as crinas, o pêlo. Desse modo pode-se pensar na grande variedade de estímulos visuais, auditivos, proprioceptivos que ocorrem na Equoterapia. (FERRARI, 2003).

Segundo WICKERT, (1999) apud FERRARI, (2003, p. )
“O cavalo apresenta três andaduras naturais e instintivas: o passo, trote e galope. O trote e o galope são andaduras saltados, ou seja, há um tempo de suspensão em que o cavalo não toca com seus membros no solo. Por isso, seu esforço é maior, seus movimentos são mais rápidos e mais bruscos, exigindo do cavaleiro mais força para segurar e maior condicionamento para acompanhar o movimento do cavalo. Estas andaduras são utilizadas apenas em praticantes com estágio mais avançado.”

O passo é a andadura mais utilizado na primeira fase do tratamento, pois é uma andadura rolada ou marchada, ou seja, sempre existem membros em contato com o solo, sempre se produz no mesmo ritmo e na mesma cadência, e entre o elevar, o pousar de um membro, ouvem-se quatro batidas distintas e compassadas (4 tempos). É também um andadura simétrica e a mais lenta, o que produz reações menores e mais duradouras sobre o praticante permitindo uma melhor observação e análise por parte da equipe que acompanha o praticante. (FERRARI, 2003).
A principal característica é que o passo produz no cavalo e transmite ao cavaleiro uma série de movimentos seqüenciados e simultâneos, os quais resultam em um movimento tridimensional, ou seja, no plano vertical, produz um movimento de cima para baixo, no plano horizontal, um movimento para a direita e para a esquerda, segundo o eixo transversal do cavalo e segundo seu eixo longitudinal, um movimento para frente e para trás. Este movimento é completado com pequena torção da bacia do cavaleiro que é provocada por inflexões laterais do dorso do animal (Ibid, p. ).


A mecânica do movimento natural do cavalo faz com que ele desloque seus quatro membros sempre na mesma seqüência, ou seja, inicia o seu deslocamento pelo anterior direito (AD), em seguida o membro posterior esquerdo (PE), depois o anterior esquerdo (AE), e logo após o posterior direito (PD), assim, chega, novamente, ao anterior direito, iniciando um novo passo em seu deslocamento (ANDE-BRASIL, 2000).

2.2.1 Eixo transversal (movimento látero-lateral)

Nesta movimentação a anca do animal é projetada para frente, promovendo uma flexão lateral da coluna do animal. O cavalo executa uma inflexão para o lado contrário com seu pescoço, mantendo a parte da coluna que fica sobre suas espáduas (anteriores), solidária com a coluna. Isto provoca uma inflexão da coluna, tornando-a um arco em torno do posterior que está para frente e desloca o ventre do cavalo para o lado oposto. Assim, conforme as mudanças de passos, como por exemplo, o cavalo coloca o membro posterior direito (PD) à frente, ocorrerá um deslocamento da coluna vertebral para o lado esquerdo (ANDE-BRASIL, 2000).


Este movimento é produzido pelas ondulações horizontais da coluna vertebral do cavalo, que se estende desde a sua nuca até a extremidade da sua cauda. Estas ondulações são produzidas e executadas de maneira simétrica em relação ao eixo longitudinal do animal. O grau de flexibilidade do cavalo tem influencia direta sobre sua andadura. Quanto maior for à flexibilidade da coluna, maior será a amplitude de seus movimentos, e mais suave será a sua andadura e quanto maior for a amplitude do movimento maior será o passo do cavalo e em conseqüência, maior será o deslocamento lateral do ventre (Ibid, p. 30).

2.2.2 Eixo longitudinal (movimento ântero-posterior)

Iniciando o movimento pela distensão do posterior direito, o cavalo provoca desequilíbrio, deslocando seu corpo para frente e para a esquerda. Para retomar seu equilíbrio, o cavalo alonga seu pescoço, abaixa a cabeça e avança o anterior esquerdo para escorar a massa que se desloca. E quando toca o solo com o anterior esquerdo, freia o movimento para frente, provocando um desequilíbrio também para frente, no praticante. Neste momento o cavalo levanta a cabeça e com este movimento detém o deslocamento do cavaleiro para frente, facilitando o avançar do posterior direito. A anca do lado direito avança e abaixa colocando-se em baixo do cavaleiro, sustentando o seu peso e trazendo-o novamente para a trás, ajudando-o a retomar o equilíbrio. Na seqüência, o posterior esquerdo distende-se e empurra o cavalo para frente e para a direita. O movimento se sucede quando o anterior direito toca o solo, nova freada, novo desequilíbrio, e com o avançar do posterior direito, nova retomada do equilíbrio e conseqüentemente deslocamento para a trás (ANDE - Brasil, 1999 p.33).
No movimento do plano vertical percebe-se a ocorrência da elevação e rebaixamento do corpo do cavalo. Com a movimentação do animal, quando este abaixa o pescoço, a coluna vertebral será elevada, e quando o pescoço é elevado à coluna vertebral é rebaixada. Dessa forma, a movimentação longitudinal deverá ser acompanhada pelo praticante. (ANDE- BRASIL, 1999)
Assim, enquanto um membro posterior está se estendendo para impulsionar o animal para frente, o outro está se deslocando para frente afim de sustentá-lo. Quando os membros posteriores estão nesta posição, o vértice do ângulo por eles formado, com a garupa do animal está em seu ponto mais baixo. (Ibid, p. 34)
Com a continuidade do movimento, o posterior que está a frente se estende e, com isso, eleva a garupa ao transpô-la sobre o seu ponto de apoio, depositando-a novamente à frente numa posição mais baixa. Este deslocamento se produz durante o movimento de cada um dos posteriores. Quanto mais para baixo do corpo o cavalo coloca o seu membro posterior, maior é o abaixamento da garupa, aumentando e acentuando o movimento vertical (comparação a uma roda denteada) (Ibid, p.34).

Equipe multiprofissional em Equoterapia

Texto extraído: AMORIM, T.S. Importância da equipe multiprofissional para o desenvolvimento do praticante no recurso terapêutico equoterápico. Monografia (Graduação em Terapia Ocupacional)- Faculdade de Minas. Muriaé, 2008. (p. 16-20)
3. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

3.1 Equipe multiprofissional na área de saúde

Segundo VELLOSO (2007) a área de saúde contava com poucos profissionais, sendo que do interior destas profissões foram surgindo especializações, ramificações e subáreas.

“Na área de saúde, até a metade do século passado, cerca de quatro profissionais formalmente habilitados dominavam todo o conhecimento e exerciam todas as ações do setor.” (VELLOSO, 2007)


Atualmente, já foram reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde, 14 cursos, que participam regularmente na atenção a saúde, sendo eles: Biomedicina, Biologia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.
Esta medida favoreceu a formação da equipe multiprofissional ao considerar que uma equipe multiprofissional é formada por profissionais com um mesmo ideal, de uma forma eficaz e promovendo de forma simultânea e em grande sintonia resultados satisfatórios aos pacientes.

“A noção de equipe multiprofissional é tomada como uma realidade dada, uma vez que existem profissionais de diferentes áreas atuando conjuntamente, e a articulação dos trabalhos especializados não é problematizada.” (PEDUZZI, 2001).

Cada membro de uma equipe deve conhecer o papel, o modo de trabalho e a terminologia que é utilizada por cada profissional, para que não gere nenhuma confusão de papéis das áreas envolvidas na intervenção. Quanto maior este conhecimento, maior serão os resultados e os objetivos alcançados.
Em relação ao trabalho em equipe CANIGLIA (2005), diz:

“Quanto mais especificadas e diferenciadas forem os papéis dos profissionais da saúde, mais eficaz será a função da equipe multiprofissional.”
Em se tratando de equipe multiprofissional, os profissionais que nela tiveram atuando podem optar por trabalhar de forma interdisciplinar, multidisciplinar ou transdisciplinar.
Neste contexto, se faz necessário conceituar o que seja tais procedimentos.
Uma equipe multiprofissional atua de forma multidisciplinar quando o grupo de profissionais que atuam de forma independente em um mesmo ambiente de trabalho, utilizando-se de comunicações informais. Ao distinguir a equipe como grupo de trabalho, do trabalho de colaboração em equipe, é possível verificar que os grupos de trabalho correspondem às equipes multidisciplinares onde os profissionais de saúde se unem pelo fato da tarefa ocorrer em um mesmo ambiente, não necessariamente partilhando suas tarefas, constatações e responsabilidades que visariam aprimorar o serviço. Neste caso, seria uma simples justaposição, de uma determinada tarefa, dos recursos de várias áreas do saber, sem que isto resulte necessariamente num verdadeiro trabalho de equipe.
Uma equipe multiprofissional que atua de forma interdisciplinar realiza suas ações quando diferentes profissionais trabalham juntos, mantendo suas atuações específicas, com troca de informações dentro de áreas de interseção, o que permite a construção de novos saberes. A construção de novos saberes ocorre quando através das trocas de conhecimento interprofissionais se agrupam resultando das várias áreas do conhecimento, utilizando como empréstimo as técnicas metodológicas, os esquemas conceituais e das análises que se encontram nos diferentes ramos do saber, de forma que, depois de comparados e julgados possam fazê-los integrarem e convergirem.
Agora, quando uma equipe multiprofissional atua de forma transdisciplinar significa que problematiza-se intensamente a relação sujeito-objeto, ou seja, tenta-se compreender as relações complexas que diferentes sujeitos e objetos estabelecem na construção da realidade – ou melhor, das diferentes dimensões da realidade. Nesta linha as relações vão se tornando mais intensas e complexas e mais se aproxima da realidade e mais claros se tornam os conflitos, embora seja mais difícil também é mais compatível com a vida.
Dentre os modelos apresentados a equipe multiprofissional em equoterapia opta por trabalhar de forma interdisciplinar. Vejamos.





3.2 Equipe multiprofissional em equoterapia

A ANDE BRASIL possui princípios e normas para se realizar a atividade terapêutica, onde se baseia em ferramentas técnicas cientificas. Ela sugere que o paciente em tratamento deve ser acompanhado por uma equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar que é formada por profissionais da área de saúde, educação, equitação e trato do animal.

“As atividades equoterápica devem ser desenvolvidas por equipe interdisciplinar, que envolva o maior numero possível de áreas profissionais nos campos de saúde, educação e equitação.” (ANDE BRASIL, 1999)

Esta equipe deve ser composta de no mínimo três profissionais, por especialistas em educação especial e reabilitação. Os profissionais que podem fazer parte desta equipe são: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, professores de educação física, pedagogo, fonoaudiólogo, assistente social e o médico que é o responsável em avaliar o praticante, mostrando os objetivos e até contra-indicando atividades. Esta equipe deve também conta com o apoio de auxiliares guias e auxiliares laterais.
Neste caso, é importante definir qual o papel destes profissionais na equipe multiprofissional em equoterapia.
Auxiliares guias é a pessoa que conduz à mão o cavalo do praticante (UZUN, 2005).
Auxiliares laterais é a pessoa que acompanha o deslocamento do praticante a pé, ao lado do cavalo, com o objetivo de segurança (UZUN, 2005).
Educador Físico e aquele que tem na sua formação conhecimentos específicos em diferentes áreas de atuação, são elas: saúde, educação, esporte, lazer e estética. Essa diversidade de atuação facilita a prática do professor de educação física numa equipe interdisciplinar. Ele dispõe de disponibilidade de intercâmbio com os demais componentes da equipe (...) objetivos: estabelecer horários específicos para realizações das atividades em grupo. Oferecer material sobe respiração, postura e alongamentos para a equipe. Incentivar a aquisição de hábitos saudáveis na busca de uma melhor qualidade de vida. Favorecer na integração, cooperação e socialização da equipe interdisciplinar (ANDE, 1999).
Equitador é aquele que adestra, prepara o animal para os diversos programas em que pode ser utilizado, sendo estes programas a hipoterapia, educação/reeducação, pré- esportivo e esportivo. ( ANDE, 1999).
Fisioterapeuta, interpreta diagnóstico, compreende seus limites e dá condições para superá-los a partir do seu potencial, lembrando que, na equoterapia, o cavalo é o estimulador sensorial e motor do praticante e que a função do fisioterapeuta durante a sessão é conduzi-la de modo a facilitar a realização dos movimentos normais e inibir a realização de anormais (...) busca a integração com toda equipe, para que se encontre a melhor forma de programar o atendimento e para se atingir os objetivos eleitos pelo grupo. Inclui técnicas de manuseio e de condução da sessão de acordo com as capacidades funcionais do praticante. Existem particularidades que os profissionais da equipe devem ter em relação aos praticantes e que a equipe deve esclarecer por meio de reuniões e aulas expositivas ou durante a rotina de trabalho para que se consiga uma boa coesão no trabalho (ANDE, 1999).
Fonoaudiólogo é aquele que desenvolve formas de comunicação, socialização, postura e até mesmo melhora na auto-estima, facilitando assim a terapia fonoaudióloga, que tem como objetivo: estimular a comunicação oral, estimular a organização do esquema corporal, desenvolver-se a estruturação especial e temporal, melhora as funções neuro-vegetais, reorganizações das funções e tônus dos órgãos fono-artivulatórios (ANDE, 1999). (Ibid, p.)
Médico, tem o objetivo de indicar ou contra – indicar a prática de equoterapia. Ele também dará respaldo à equipe de equoterapia tanto no aspecto clinico como na alta do praticante (LERMONTOV, 2004).
Pedagogo, cria situações que encaminhem a pessoa à utilização dos recursos disponíveis durante as sessões de equoterapia de equoterapia para as atividades escolares, objetivando trabalhar as dificuldades resultantes do processo ensino – aprendizagem, a assimilação, concentração e atenção. O próprio movimento proporcionado pelo cavalo favorece a integração dos hemisférios cerebrais (UZUN, 2005).
Psicólogo é o que prioriza o trabalho emocional, não esquecendo o ser global - fatores biológicos, mentais e sociais (...) intervir no sentido de atuar para que haja melhor compreensão global do praticante, da família e da equipe (...) junto à equipe elabora o mais indicado plano de intervenção, enfatizando a afetividade (ANDE, 1999).
Terapeuta Ocupacional promove uma série de atividades que venham auxiliar na aquisição da coordenação motora e funcionalidade do praticante, desde o preparo do alimento do cavalo, até a exploração tátil realizada por meio do cavalo e do ambiente natural, bem como cuidar de adaptações necessárias para cada caso (UZUN, 2005).
Toda a equipe de um centro de equoterapia tem que conhecer e compreender o processo terapêutico, começando pela anamnese (entrevista inicial) e depois de avaliado trabalhar na aproximação do praticante com o cavalo, atender a família do praticante se necessário, enfim, visar sempre qualidade de tratamento.

Equoterapia nos dias de Hoje

Texto extraído: AMORIM, T.S. Importância da equipe multiprofissional para o desenvolvimento do praticante no recurso terapêutico equoterápico. Monografia (Graduação em Terapia Ocupacional)- Faculdade de Minas. Muriaé, 2008. (p. 15)

Equoterapia nos dias de hoje

A equoterapia é um método que vem contribuindo para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências físicas e/ou mentais. Este trabalho vem sendo reconhecido por todo o Brasil através da ANDE BRASIL (2004).

“A Divisão de Ensino Especial da Secretaria de Educação do Distrito Federal, calcada nas pesquisas realizadas pela ANDE-BRASIL e pela Secretaria, após anos de convênio, reconhece a equoterapia como um método educacional que favorece a alfabetização, a socialização e o desenvolvimento global dos alunos portadores de necessidades educativas especiais.” (ANDE-BRASIL, 2008)

FRAZÃO (2001) disserta que Universidades, tais como Universidade Católica Dom Bosco- Campo Grande (MS), já fazem da equoterapia uma disciplina, já que vem abrangendo múltiplas áreas atualmente ainda pouco exploradas e apresenta um número razoável de pesquisa a serem realizadas, e atendendo um público cada vez maior.

“A equoterapia faz parte do dia-a-dia da Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande (MS). (...) O Programa foi criado em maio de 2000 como conseqüência da tese de mestrado da Doutora Heloisa Bruna Grubits Freire em um trabalho conjunto com doutor Paulo Renato de Andrade(...)” (Freire, 2001)

LERMONTOV (2004) acrescenta que a equoterapia tem um grande percurso a seguir, o que nos falta agora são publicações cientificas sobre o tema e incentivo dos profissionais.
Extraído

Artigo: Histórico da Equoterapia

Texto extraído: AMORIM, T.S. Importância da equipe multiprofissional para o desenvolvimento do praticante no recurso terapêutico equoterápico. Monografia (Graduação em Terapia Ocupacional)- Faculdade de Minas. Muriaé, 2008. (11-15)

2.1 Histórico da Equoterapia

De acordo com os relatos de MARINS(1996), historicamente o uso do cavalo vem sendo utilizado terapeuticamente desde 458-370 a.C. quando Hipócrates aconselhava o uso do cavalo para “regenerar a saúde e preservar o corpo humano de muitas doenças, mas, sobretudo, para o tratamento da insônia” de seus pacientes. O primeiro registro de atividade realizada com o cavalo foi no Hospital Ortopédico de Oswentry (Inglaterra), onde uma dama da sociedade tomou a iniciativa de levar o cavalo para quebrar a monotonia, já que no hospital não oferecia nem um tipo de atividade.
UZUN (2005) descreve o primeiro registro do uso do cavalo como instrumento terapêutico, em 1946 quando uma praticante de equitação contraiu aos 16 anos uma poliomielite, onde comprometeu os movimentos dos membros inferiores, mas mesmo assim ela continuou a praticar a equitação, e em 1952 conquistou o título de vice-campeã disputando as Olimpíadas de Helsink. O público só percebeu sua dificuldade quando ela desceu do cavalo para subir ao pódio, e assim ela repetiu este episódio por muitas vezes.
Um grupo de brasileiros, no ano de 1988, segundo relatos da ANDE-Brasil[1] (2004), realizou uma viagem até a Europa a fim de estudar, observar e aprofundar sobre a utilização do cavalo como recurso terapêutico. E foi em 10 de maio de 1989 que surgiu a ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA – ANDE BRASIL, situada na Granja do Torto, em Brasília.
Em 09 de abril de 1997, a equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina - parecer nº 06/97- como método de reabilitação motora, que diz:


“Pelo reconhecimento da Equoterapia como método a ser incorporado ao arsenal de métodos e técnicas direcionados aos programas de reabilitação de pessoas com necessidades especiais (...) Pela estratégia traçada pela ANDE BRASIL e dentro da legislação brasileira há necessidades de comprovação científica, feita por profissionais brasileiros, e dentro do que prescreve a resolução nº 196/96, do conselho Nacional de Saúde, que trata de normas de pesquisa envolvendo seres humanos.” (Conselho Federal de Medicina, 1997).

Desta forma percebe-se que a equoterapia se tornou uma técnica totalmente relacionada a programas de reabilitação, e tem objetivos específicos delineados pela ANDE – BRASIL, abrangendo seres humanos.

2.2 Definição

De acordo com LERMONTOV (2Negrito004), equoterapia é um método inovador de reabilitação e reintegração biopsicosocial para indivíduos comprometidos, que utiliza o cavalo como instrumento de trabalho, realizando técnicas de equitação e os recursos de uma equipe multiprofissional.

“A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais.” (ANDE BRASIL, 2004)


A ANDE - Brasil (2004) ressalta vários benefícios ao paciente, tais como trabalho do déficit de atenção e concentração; aprendizado através do brincar; socialização, estímulos contínuos e variados; nas áreas de reabilitação física, mental, educativa e social.

2.3 Nomeclatura

FRAZÃO (2001) descreve que a nomenclatura Equoterapia foi criada pela ANDE BRASIL e abrange todas as atividades que envolvem o cavalo, sendo elas na área esportiva, educacional ou terapêutica. Basearam-se em situações históricas para criar a nomenclatura, que foi registrada em 1999, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio.
“A Nomenclatura é uma discussão nacional. Acreditamos que equitação terapêutica seja o nome mais adequado para esta atividade, porque qualquer pessoa reconhece o cavalo direcionado para uma atividade terapêutica.” (FRAZÃO, 2001).


Este tema tem sido desconhecido por autores em congressos internacionais, que de acordo com o relato afirmam ainda não ser a nomenclatura adequada.


2.4 Cavalo

A ANDE-BRASIL (1999), descreve o cavalo ideal para às atividades equoterápicas sendo como aquele de movimento rítmico, preciso e tridimensional, que ao caminhar se desloca para frente / trás, para os lados e para cima / baixo, podendo ser comparado com a ação da pelve humana no andar, permitindo a todo instante entradas sensoriais em forma de propriocepção profunda, estimulações vestibular, olfativa, visual e auditiva.

(Fonte: Centro de Equoterapia Santa Terezinha)

“O estudo deste binômio – o portador de deficiência e o cavalo – não permite colocar em evidência uma raça especial de cavalo. No entanto, algumas características básicas deverão ser levadas em consideração...” (ANDE BRASIL, 1999).

A escolha do cavalo na equoterapia deve ser de total atenção, sendo que não exige a raça própria, mas sim que o animal seja dócil, não se assuste com ruídos, realizar as três andaduras (passo, trote, galope), tenha uma dinâmica com o cavaleiro, obedecer ao comando das rédeas, a voz, aceitem carona, entre outros.


2.5 Programas básicos de equoterapia

ANDE-BRASIL (2004), descreve que, centros de equoterapia localizados na Itália e França adotam momentos fundamentais no uso do cavalo. Associação Nacional de Equoterapia espelhou-se nestes países e desenvolveu quatro programas básicos para o tratamento terapêutico, sendo eles:

1) Hipoterapia: programa de reabilitação, que atende a pessoas com deficiência física e/ou mental. O praticante não tem condições de montar sozinho, precisando de algum auxiliar. Neste caso, o cavalo é visto como um instrumento cinesioterapêutico.
2) Educação/reeducação: é um programa de reabilitação e educacional e o praticante tem condições de manter algum tipo de ação sobre o cavalo, menos dependente dos auxiliares. O cavalo é visto como instrumento pedagógico.
3) Pré – esportivo: Também um método de reabilitação e educacional e o praticante já têm condições de conduzir o cavalo e participar de alguns exercícios que fazem parte do hipismo. O cavalo é visto como instrumento de inserção social.
4) Esportivo: tanto um método de reabilitação e educacional quanto pode ser uma ação de melhoria da qualidade de vida, bem estar e lazer podendo o praticante participar de competições hípicas.
Quando os praticantes portadores de deficiência física optam pelo programa de acordo com HARTEL (1946), poderão praticar o hipismo e vir a competir em provas hípicas na Paraolimpíadas, até mesmo nas Olimpíadas.
Compara-se desta forma a eficácia do programa na inserção social destes praticantes.
[1] É uma sociedade civil, de caráter filantrópico, terapêutico, educativo, cultural, desportivo e assistencial, sem fins lucrativos, com atuação em todo o território nacional, tendo sede e foro em Brasília/DF.
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